segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Não é fácil viver em São Bento às vezes. Há que se conviver e buscar fugas para o exílio das manifestações da sensibilidade humana, desfrutar cada nesga de sol que escapa por entre as nuvens parcacentas, beber das poucas fontes gotejantes... Há poucas válvulas de escape para a crueza do dia-a-dia... Muitas vezes só o álcool...
Às vezes vasculho locadoras daqui, na busca de algo que me tire desta vida provinciana, que me traga novas percepções e questionamentos... o cinema tem esta propriedade.
Este final de semana tive a sorte de garimpar duas pedras preciosas numa dessas locadoras... quem puder assista:
"Estrela solitária", dirigido por Wim Wenders, e "A lula e a baleia", de Noah Baumbach.



O primeiro Wim Wenders traz a história que um homem que busca algo que lhe preencha, que parece estar cansado de preencher seus momentos com fugacidades. Um filme cheio de cenas grávidas de sentidos... Sem contar a trilha sonora que é ótima.



Já o título "A lula e a baleia" soa como algo ingênuo e infantil, ledo engano. Temos aí um filme que questiona nossos caminhos, o ser ou não ser de cada um, o certo e o errado de todos. De certo mesmo o filme traz que cada um deve procurar seus próprios caminhos...

Há muito descobri que os melhores filmes estão nas histórias mais banais, sem as pirotecnias holywoodianas usuais, aí estão dois belos exemplos disso.

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